Obesidade visceral: a gordura “escondida” que aumenta o risco de infarto e diabetes

Obesidade visceral: a gordura “escondida” que aumenta o risco de infarto e diabetes

Diferente da gordura subcutânea, a visceral se acumula nos órgãos internos e pode ser silenciosa e perigosa. Entenda como identificar, prevenir e tratar essa condição que cresce de forma alarmante.

 

Quando se fala em excesso de peso, a maioria das pessoas pensa na gordura subcutânea, aquela visível, que se acumula sob a pele. No entanto, há um tipo de gordura muito mais perigoso e que age de forma silenciosa: a gordura visceral. Ela se aloja profundamente na cavidade abdominal, envolvendo órgãos vitais como fígado, pâncreas e intestinos.

 

O Gastroenterologista, Endoscopista e Especialista em Emagrecimento, Dr. Bruno Sander alerta que a obesidade visceral é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas graves.

 

“A gordura visceral não é inerte; ela é metabolicamente ativa e libera substâncias inflamatórias no corpo. É como se a gordura estivesse secretando toxinas diretamente na corrente sanguínea. É essa inflamação crônica que está por trás do aumento drástico no risco de condições como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, explica.

 

Diferentemente da gordura subcutânea, a visceral nem sempre é evidente em pessoas com sobrepeso leve. Contudo, ela tem um marcador simples de ser medido: a circunferência abdominal.

 

“A maneira mais prática de identificar o acúmulo de gordura visceral é a medição da cintura. Em geral, consideramos que um risco elevado existe quando a medida da cintura ultrapassa 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. O formato do corpo, o famoso ‘corpo em formato de maçã’, onde a gordura se concentra no tronco, é um sinal de alerta vermelho”, afirma o especialista. Exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética, podem confirmar e quantificar essa gordura, mas a fita métrica já é um excelente indicador inicial.

 

Prevenção e tratamento: O foco é na mudança de hábito

 

O Dr. Bruno reforça que, para a gordura visceral, não existe solução mágica. O tratamento mais eficaz passa necessariamente por uma mudança profunda no estilo de vida.

 

“A boa notícia é que a gordura visceral costuma responder muito bem à intervenção. Uma dieta com redução de carboidratos refinados e açúcares, aliada à prática de exercícios aeróbicos (que são altamente eficazes para queimar essa gordura interna), já trazem resultados significativos. O acompanhamento multidisciplinar é crucial, pois ajuda o paciente a sustentar esses novos hábitos, combatendo a inflamação e reduzindo o risco cardiovascular”, detalha o médico.

 

Além das mudanças no estilo de vida, o especialista destaca o papel da Endoscopia no tratamento da obesidade, como o balão intragástrico ou a gastroplastia endoscópica, que atuam como ferramentas poderosas para auxiliar pacientes que têm dificuldade em iniciar a perda de peso apenas com dieta e exercício, promovendo uma rápida melhoria do perfil metabólico.

 

“A gordura visceral é uma ameaça silenciosa que exige nossa atenção imediata. O primeiro passo é a consciência de que a saúde não se mede apenas na balança, mas sim na qualidade metabólica do corpo. Identificar e combater essa gordura é proteger o seu coração e o seu futuro”, finaliza o médico.

 

Acompanhe o trabalho do Dr. Bruno Sander no Instagram: @drbrunosander 

 

Fonte: Dr. Bruno Sander — Gastroenterologista e Endoscopista |  Especialista em emagrecimento

Publicar comentário

Você pode ter perdido